Itabuna, as Eleições 2024 e o paradigma da reeleição.

Por Josias Miguel

 

Análise pessoal e isenta nos remete às eleições de 1996 até 2020 e projeção para 2024.

O paradigma da reeleição nasceu com Fernando Gomes tentando a reeleição no ano 2000, perdendo para o então inexpressivo Geraldo Simões.

Ancorado no aparato do PT

Geraldo Simões,Prefeito no fim do mandato adquirido em 2000 vencendo Fernando Gomes,candidato a reeleicão em 2004,Geraldo,  por via partidária  apoiado por Jaques Wagner e Presidente Lula, tinha enorme  poder político e caneta do governo municipal. Era propalada sua  inevitável reeleição,mas não foi o que aconteceu. Fui um dos maestros da candidatura de Fernando Gomes, que,diga-se de passagem,vinha de derrota como candidato a deputado estadual, estava sem dinheiro no bolso, sem apoios expressivos no tabuleiro dos poderes estadual e nacional, no entanto venceu a parada que parecia indigesta.Permaneceu o paradigma.

Em 2008, Fernando Gomes amargava rejeição pessoal em altíssimo índice, algo próximo a 70%. Experiente que era,abdicou do direito de ser candidato a reeleição, ou seja,por um motivo ou outro, não seria  reeleito,permanecendo o paradigma.

 

A análise continuará na próxima postagem.

BURACOLANDIA

Qualquer semelhança pode não ser pura coincidência.

Segundo a história existia uma certa cidade cujo nome era pomposo e originava da língua Tupi Guarani. Os Edis do município, maioria politicamente situacionista, com receio de perderem a reeleição, acataram, de pronto, a sugestão de mudança do nome original para a nova denominação de BURACOLANDIA. A Mesa Diretora colocou o Projeto popular em tramitação sob protesto do poder executivo. Durante a leitura das justificativas um Vereador situacionista se indignou ao saber que o novo nome foi sugerido demonstrando a queijolandia que se transformou a localidade. O Secretario da Câmara, cumprindo as formalidades legais, disse: nobre Edil, Vossência não analisou o Projeto? Respondendo, de forma veemente, o Vereador bradou: antes mais nada devo dizer ao colega que meu nome é Edil, não Edilson e também não fui eleito para analisar ou ler projetos e sim para votar a favor ou contra e, aproveito pra dizer que votarei contra. A população organizou manifestações em apoio ao Projeto, bloqueando ruas, batizando buracos nas vias públicas com nome de políticos local, com direito a inauguração animada com música ao vivo, na base de voz e violão por não haver empresário do ramo musical que se dispusesse a ceder algum artista de renome para as badaladas inaugurações, receosos em perder a “boquinha” anual com contratações milionárias. A vaquinha virtual de arrecadação dos recursos também não rendeu bons frutos porque o comércio e indústria local preferiu não arriscar ter fiscais de tributos devassando suas contabilidades. Mas, quando o povo quer ele consegue mudar a ordem das coisas e obtém vitórias inacreditáveis. Conta a história que o gestor convocou reunião de emergência com seu staf de comunicação e marketing na busca de solução midiática do problema, mas descobriu que seu staf não tinha condições técnico profissionais para a emergente demanda. Um blogueiro mais chegado ao gestor logo cuidou de anunciar na cidade a presença de um certo marketeiro famoso, que meramente veio em visita a parentes, como se fosse contratado para a façanha. Foi alegria que durou pouco para os beneficiados do governo, vez que a verdade veio à tona, que o milagreiro não estava disposto a tirar “os burros d’água” que o gestor havia se metido.
A história não finda aqui por ser longa demais, havendo, portanto, mais episódios.

O PODER NÃO CORROMPE, REVELA. (Fabio Herman)

Analisando o que expressou Fabio Herrmann, grande pensador, há de se concluir que ele tinha razão no que disse.

Trazendo para o plano da política eleitoral partidária, é só olharmos ao redor e enxergaremos realmente o quanto está revelado no lado podre do poder. Está mais do que revelado o “modus operandi” da prática de abandono dos princípios morais que devem sempre nortearem a gestão pública.

Popularizando o tema, o que se nota é a prática do que já dizia o poeta cantador, Luiz Gonzaga, na letra da música Uma Pra Mim Outra Pra Tú. É assim: Uma pra mim,uma pra mim, uma pra tu outra pra mim, e por aí vai. Isso é público e notório.

Este momento de pré-campanha eleitoral é extremamente oportuno abrir os olhos dos eleitores, trazer revelações contidas nas práticas absurdas exercidas, noticiadas de canto a canto, e será isso que faremos. Aguardem.