E o PARADIGMA foi interrompido em Itabuna

Augusto Castro leva o mérito em romper o padrão da não reeleição de Prefeito em Itabuna.

Obviamente por ter sido forjado na militância política entre os gestores públicos, a prática lhe permitiu saber usar o  “poder da persuasão”.

Faltou adversário verdadeiramente competitivo, sob vários aspectos, a começar pela ausência de articulação política dos candidatos resultando em desunião entre os opositores. Nem o providencial “voto útil” conseguiram aplicar. Pancadinha, o melhor produto para o marketing convencer o eleitorado,lhe faltou exatamente estratégias nesta delicada área que tem modificado o ponto de vista do eleitor. Pancadinha, que por pouca ou quase nenhuma experiência política, entregou a campanha para alguns mequetrefes tão inexperiente quanto. E o pior, carregados de soberbia. Não souberam explorar o fato de que o partido,Solidariedade, é da base governista, preferindo apostar na figura de ACM Neto que está com o prestígio pessoal desgastado em Itabuna por causa do episódio protagonizado em relação ao ex prefeito Azevedo,que,queiram ou não,tem milhares de seguidores na periferia itabunense.

As peças publicitárias careceram de conteúdos convincentes,de beleza plástica e o próprio candidato teve desempenho abaixo da média no quesito marketing eleitoral, por falta de capacidade teatral ou foi mal dirigido.

O que importa agora é como Augusto vai lidar com a expectativa criada com o estrondoso favoritismo nas urnas. O Prefeito bem sabe que os empréstimos conseguidos no atual mandato vai sacar dos cofres da Prefeitura enorme fatia para pagamento de juros e parcelas. E como ficarão as obras em andamento e outras tantas prometidas em campanha, vez que a receita própria do município está minguada e comprometida?

Augusto teve a sorte de Adélia não se eleger em Ilhéus dando-lhe então a condição de ser a referência política do Governo da Bahia no Sul do estado. Tal condição ainda vem recheado de vantagens quando se vislumbra o sucumbir de Marão, Prefeito de Ilhéus, envolto com sérios problemas junto a Polícia Federal e, claro, se comprovado as denúncias anunciadas poderá leva-,lo para a cadeia.

Cada eleição é uma lição. O aprendizado está à disposição de quem interessar possa.

Fim dos artigos sobre PARADIGMA, iremos agora dedicar tempo em observar o desenrolar do futuro governo de Augusto e,obviamente, externar nossos conclusões.

O PARADIGMA DA REELEIÇÃO EM ITABUNA

Desde 1977 que esse paradigma permanece e, segundo profetizou Val Cabral em áudio compartilhado nos grupos de WhatsApp, se continuar assim em 2024, ou aliás, se houver o tal “espasmo de rebeldia…” dito há anos por Luiz Viana Filho e repetido pelo catedrático Carlos Sodré como possibilidade de isso se repetir agora, o culpado tem nome e sobrenome, ou seja, Aldo Rebouças. É o que Val Cabral deixa entender.

O dia de hoje é o tal dia D para o candidato Fabrício Pancadinha. A caminhada pela Avenida do Cinquentenário sempre foi parâmetro para tomada de decisão do voto dentre os chamados “indecisos”. Desta vez, mais do que nunca poderá definir o vitorioso nas urnas no próximo dia 06. O candidato a reeleição teve a força da máquina para mobilizar a massa como fez dias atrás. Pancadinha tem o reclame popular e se a população periférica abraçá-lo e lotar o percurso da caminhada significará que os espasmos de rebeldia havidos no passado vai se repetir agora.
Não custa lembrar que recentemente ACM Neto estava virtualmente eleito, assim indicavam as pesquisas, mas abertas as urnas os votos elegeram Jerônimo.

Observadores que somos, não ficaremos surpresos se a canoa virar.

ELEIÇÕES 2024 E O PARADIGMA DA REELEIÇÃO… III

CONTINUAÇÃO

Vane do Renascer, eleito em 2012 fruto de erro estratégico cometido pela campanha de Azevedo à reeleição, dando continuidade ao paradigma, também não conseguiria reeleição em 2016 em razão da fraquíssima gestão a frente da Prefeitura de Itabuna. Por absoluta falta de conhecimento sobre gestão pública e oriundo de mandato como Vereador do município, mandato este também inexpressivo, por falta de personalidade política, entregou a administração para assessores e alguns Secretários espertos, no sentido pejorativo da palavra, naufragando no mar da mal gestão. Não teve outro caminho a não ser apoiando a candidatura de Davison Magalhães, do PCdB.
O resultado foi a volta de Fernando Gomes, que à época descansava em berço esplêndido na Cidade de Vitória da Conquista. Experiente que era, lembrou que o eleitorado de Itabuna não gosta de reeleger Prefeito, venceu as eleições e se esqueceu do paradigma ao se candidatar novamente em 2020.sofrendo amarga derrota nas urnas, ficando no humilde terceiro lugar.

E o paradigma continua.

Semana que vem tem continuação da análise.

ELEIÇÕES 2024 E O PARADIGMA… II

CONTINUAÇÃO

  • Com a evidente impossibilidade de Fernando Gomes ser reeleito prefeito nas eleições de 2008, tendo apoiado então a candidatura do Capitão Fabio (MDB), surge a candidatura de outro Capitão, o Azevedo. Estratégias políticas e de marketing eleitoral, formação de grupo homogêneo e técnicas de mobilização de massa, levaram Azevedo à incomparável vitória nas urnas com mais de 12 mil votos à frente dos adversários.
  • Logicamente, com tamanha demonstração de ser “bom de urna”, uma administração razoável, levado pela vaidade pessoal, além do mau assessoramento e a não existência do grupo homogêneo de campanha, estraçalhado ao longo da gestão, Azevedo manteve o paradigma da não reeleição de Prefeito de Itabuna ao perder para Vane do Renascer, considerado a “zebra” daquelas eleições de 2012.
  • Oportuno lembrar que no campo das apostas Azevedo era favorito, mas foi surpreendido por cometer mais um erro de cálculos, a perigosa euforia do ”já ganhou”.
  • E o paradigma continua.
  • Próxima semana, continuação da análise.

Itabuna, as Eleições 2024 e o paradigma da reeleição.

Por Josias Miguel

 

Análise pessoal e isenta nos remete às eleições de 1996 até 2020 e projeção para 2024.

O paradigma da reeleição nasceu com Fernando Gomes tentando a reeleição no ano 2000, perdendo para o então inexpressivo Geraldo Simões.

Ancorado no aparato do PT

Geraldo Simões,Prefeito no fim do mandato adquirido em 2000 vencendo Fernando Gomes,candidato a reeleicão em 2004,Geraldo,  por via partidária  apoiado por Jaques Wagner e Presidente Lula, tinha enorme  poder político e caneta do governo municipal. Era propalada sua  inevitável reeleição,mas não foi o que aconteceu. Fui um dos maestros da candidatura de Fernando Gomes, que,diga-se de passagem,vinha de derrota como candidato a deputado estadual, estava sem dinheiro no bolso, sem apoios expressivos no tabuleiro dos poderes estadual e nacional, no entanto venceu a parada que parecia indigesta.Permaneceu o paradigma.

Em 2008, Fernando Gomes amargava rejeição pessoal em altíssimo índice, algo próximo a 70%. Experiente que era,abdicou do direito de ser candidato a reeleição, ou seja,por um motivo ou outro, não seria  reeleito,permanecendo o paradigma.

 

A análise continuará na próxima postagem.