ELEIÇÕES 2024 E O PARADIGMA DA REELEIÇÃO… III

CONTINUAÇÃO

Vane do Renascer, eleito em 2012 fruto de erro estratégico cometido pela campanha de Azevedo à reeleição, dando continuidade ao paradigma, também não conseguiria reeleição em 2016 em razão da fraquíssima gestão a frente da Prefeitura de Itabuna. Por absoluta falta de conhecimento sobre gestão pública e oriundo de mandato como Vereador do município, mandato este também inexpressivo, por falta de personalidade política, entregou a administração para assessores e alguns Secretários espertos, no sentido pejorativo da palavra, naufragando no mar da mal gestão. Não teve outro caminho a não ser apoiando a candidatura de Davison Magalhães, do PCdB.
O resultado foi a volta de Fernando Gomes, que à época descansava em berço esplêndido na Cidade de Vitória da Conquista. Experiente que era, lembrou que o eleitorado de Itabuna não gosta de reeleger Prefeito, venceu as eleições e se esqueceu do paradigma ao se candidatar novamente em 2020.sofrendo amarga derrota nas urnas, ficando no humilde terceiro lugar.

E o paradigma continua.

Semana que vem tem continuação da análise.

CONSTRUCAO E FIDELIDADE A GRUPO POLITICO, RAZÃO DE SUCESSO.

A receita para o sucesso constante em política, especialmente a eleitoral, é a fidelidade ao interesse coletivo. Formação de grupo e manutenção do elo entre os membros exige respeito ao contraditório e real valorização dos parceiros. A definição literal de política fala por sí. O egocentrismo não sobrevive por muito tempo em grupos, qualquer que sejam as finalidades. Agir coletivamente é sinônimo de êxito nas empreitadas.
Um líder é formado pensando em todos, um chefe pensando em si próprio.
Temos muitos e muitos exemplos disso na vida pública. Pessoas que por força de circunstâncias foram guiados a condição de líder, mas a conduta exclusivista não permitiu a permanência como tal.

Aqui próximo a Itabuna, no município de Uruçuca, temos demonstração prática do exercício da política coletiva. O líder Moacyr LEITE, Prefeito em fim do quarto mandato, inventou a existência da figura do “…Vice de honra”
ou seja, para sobrevivência política de ex Vice Prefeito, convivência harmoniosa com o Vice no exercício de mandato e valorização pessoal. Lá em Uruçuca, no Girassol, denominação política do grupo liderado por Moacyr Leite, tem dois Vice de honra.

O fruto de pensar no coletivo permite ao líder Moacyr vislumbrar a possibilidade de vitória da pré-candidata a prefeita apoiada por ele, Vereadora Magnólia Barreto, podendo ser guinada ao sucesso pelo empenho e união de todos, sem uma deserção sequer.
Exemplo a ser seguido.

ELEIÇÕES 2024 E O PARADIGMA… II

CONTINUAÇÃO

  • Com a evidente impossibilidade de Fernando Gomes ser reeleito prefeito nas eleições de 2008, tendo apoiado então a candidatura do Capitão Fabio (MDB), surge a candidatura de outro Capitão, o Azevedo. Estratégias políticas e de marketing eleitoral, formação de grupo homogêneo e técnicas de mobilização de massa, levaram Azevedo à incomparável vitória nas urnas com mais de 12 mil votos à frente dos adversários.
  • Logicamente, com tamanha demonstração de ser “bom de urna”, uma administração razoável, levado pela vaidade pessoal, além do mau assessoramento e a não existência do grupo homogêneo de campanha, estraçalhado ao longo da gestão, Azevedo manteve o paradigma da não reeleição de Prefeito de Itabuna ao perder para Vane do Renascer, considerado a “zebra” daquelas eleições de 2012.
  • Oportuno lembrar que no campo das apostas Azevedo era favorito, mas foi surpreendido por cometer mais um erro de cálculos, a perigosa euforia do ”já ganhou”.
  • E o paradigma continua.
  • Próxima semana, continuação da análise.