TIRO NO PÉ

Antonio Mangabeira, candidato a deputado federal (PDT) foi convidado,segunda feira(27), pelas entidades empresariais de Itabuna a apresentar suas propostas  no exercício do mandato, caso fosse eleito. Deu um tiro no pé ao dizer que se eleito,renunciaria para se candidatar a Prefeito em 2020 e que seu suplente seria seu assessor até assumir o mandato. Nada  mais hilariante, se não fosse trágico. Para quem se apresenta hoje ao eleitor como candidato a deputado e diz textualmente que não exerceria o mandato significa traição antecipada.
E o pior é que demonstra total falta de conhecimento das regras eleitorais no tocante às suplências de mandato. O PDT, sigla pela qual concorre, está na coligação do PT e mais seis outros partidos, portanto não tem como saber quem será seu suplente,de qual partido e em qual região da Bahia teria base eleitoral.
Como pode o candidato discursar em defesa da região sul e, mais especificamente Itabuna, se pretende ser eleito e renunciar para ser empossado o suplente que defende a região norte, por exemplo?
O candidato precisa saber que suplentes pré estabelecidos  somente acontece nas candidaturas a senador, que no caso do sul baiano tem dois primeiros suplentes anunciados, Davidson Magalhães e Bebeto Galvão, do candidato pelo PT, Jaques Wagner e Ângelo Coronel, PSD, respectivamente. Acordem cidadãos itabunenses, ou seremos espectadores da própria miséria.

ERRATA:
O PDT coligou para federal somente com o PROS,mas isso não invalida a incerteza de quem seria o suplente de Mangabeira,se fosse eleito.

CIDADE FANTASMA OU MERA COINCIDÊNCIA?

Contam que certa feita havia uma cidade com mais de duzentos mil habitantes, com seu território municipal quase cem por cento urbano. Emprego e renda, em quase sua totalidade, só eram gerados pelo comércio lojista e prestações de serviços. Vários tipos de pessoas foram eleitos prefeitos do município em seus últimos anos de existência, ex-vereador, militar, semianalfabeto, funcionário público, pecuarista, aventureiro, só não um empresário do segmento gerador de emprego. Não demorou muito e a cidade foi definhando, diminuindo cada vez mais seu comércio, crescimento populacional estagnado, sem novas oportunidades de emprego, portanto sem circulação da moeda e os empresários assistindo passivamente outras cidades próximas crescendo por descobrirem suas vocações naturais. Qualquer semelhança com Itabuna será mera coincidência?

Prefeitura tem CNPJ, logo, é uma empresa, que embora pública, tem que gerar lucro, não para ser dividido com o administrador e seus “associados” (que em alguns casos dividem até o capital e patrimônio), mas sim para investimentos em educação, saúde, mobilidade urbana, infraestrutura, assistência social, dentre outros.

As eleições deste ano não são para prefeito, mas é termômetro de observação dos movimentos políticos na direção das eleições de 2020, quando estes e vereadores serão eleitos.

Das duas uma, ou os interessados no crescimento de Itabuna se unem, estabelecem agenda positiva, montam estratégias políticas e elegem um membro dos seus quadros ou Itabuna deixará de ser apenas coincidente e será ela própria uma cidade fantasma.

Há quem acredite que a solução para Itabuna sair do marasmo é transforma-la em Polo de Turismo de Negócios, sua vocação natural.

Para ilustrar a ideia, conta um humorista que fabricantes de creme dental passaram vários dias em grande congresso buscando fórmulas de aumentar em vinte por cento o consumo do produto até que o garçom que servia o cafezinho pediu para dar um palpite. Permitido, disse: Porque vocês não aumentam um pouco o tamanho do buraco que sai a pasta de dente? Assim foi feito e o consumo superou as expectativas.

A moral da historia é que, às vezes, simples ideias vindo de quem não se espera, trazem grandes soluções.

ITABUNA TEM SOLUÇÃO

Claro que é necessário estudos e projetos técnicos sobre o assunto,mas não é preciso ser Expert para enxergar que Itabuna tem vocação natural para o Turismo de Negócios.”O conjunto de atividades turística decorrentes dos encontros de interesse profissional,associativo,institucional,de caráter comercial,promocional,técnico científico e social é denominado Turismo de Negócios.”
Observado que o Município tem mais de 95% de sua área territorial urbana,é capital regional com pujante comércio lojista e prestações de serviços em todos os segmentos,especialmente de saúde e educação,está situada entre as rodovias federais BR 101 e 415,distante apenas 28 Km do aeroporto Jorge Amado,do porto de Ilhéus e próximo dos municípios de Turismo de Lazer Porto Seguro,Ilhéus,Itacaré e Canavieiras,possuidora de rede midiática composta de três televisões geradoras,(duas abertas e uma a cabo),06 rádios AM/FM,jornais diários impressos e On line e ainda razoável rede hoteleira,tudo isso,sem duvida lhe credencia à condição de POLO DE TURISMO DE NEGÓCIOS DO SUL DA BAHIA.
O que falta para estartar o processo é apenas decisão política.
As questões estruturais,como a construção de grande Centro de Convenções e ampliação da rede hoteleira, recursos existem em abundância no PAC TURISMO do governo federal e quanto a obrigatória solução de mobilidade urbana o estado da Bahia tem projeto pronto,ha tempos.
Tudo na vida tem um começo e a “necessidade faz o sapo pular”,portanto já é tempo de união entre as entidades da classe empresarial,patronal,sindicatos,lojas maçônicas,faculdades,universidades,enfim,toda a sociedade organizada preocupada com o desenvolvimento de Itabuna, colocar o assunto em suas pautas de discussão.
Se continuarmos a “dormir no ponto”, vendo o comercio das 40 cidades da área de sua influência crescerem, é óbvio que Itabuna estará fadada ao fracasso. Não temos áreas para grandes industrias,para agricultura,pecuária,nada mais a não ser a “industria sem chaminé”,Turismo de Negócios.
Alguém vislumbra outro caminho?