O PARADIGMA DA REELEIÇÃO EM ITABUNA

Desde 1977 que esse paradigma permanece e, segundo profetizou Val Cabral em áudio compartilhado nos grupos de WhatsApp, se continuar assim em 2024, ou aliás, se houver o tal “espasmo de rebeldia…” dito há anos por Luiz Viana Filho e repetido pelo catedrático Carlos Sodré como possibilidade de isso se repetir agora, o culpado tem nome e sobrenome, ou seja, Aldo Rebouças. É o que Val Cabral deixa entender.

O dia de hoje é o tal dia D para o candidato Fabrício Pancadinha. A caminhada pela Avenida do Cinquentenário sempre foi parâmetro para tomada de decisão do voto dentre os chamados “indecisos”. Desta vez, mais do que nunca poderá definir o vitorioso nas urnas no próximo dia 06. O candidato a reeleição teve a força da máquina para mobilizar a massa como fez dias atrás. Pancadinha tem o reclame popular e se a população periférica abraçá-lo e lotar o percurso da caminhada significará que os espasmos de rebeldia havidos no passado vai se repetir agora.
Não custa lembrar que recentemente ACM Neto estava virtualmente eleito, assim indicavam as pesquisas, mas abertas as urnas os votos elegeram Jerônimo.

Observadores que somos, não ficaremos surpresos se a canoa virar.

ELEIÇÕES 2024 E O PARADIGMA DA REELEIÇÃO… III

CONTINUAÇÃO

Vane do Renascer, eleito em 2012 fruto de erro estratégico cometido pela campanha de Azevedo à reeleição, dando continuidade ao paradigma, também não conseguiria reeleição em 2016 em razão da fraquíssima gestão a frente da Prefeitura de Itabuna. Por absoluta falta de conhecimento sobre gestão pública e oriundo de mandato como Vereador do município, mandato este também inexpressivo, por falta de personalidade política, entregou a administração para assessores e alguns Secretários espertos, no sentido pejorativo da palavra, naufragando no mar da mal gestão. Não teve outro caminho a não ser apoiando a candidatura de Davison Magalhães, do PCdB.
O resultado foi a volta de Fernando Gomes, que à época descansava em berço esplêndido na Cidade de Vitória da Conquista. Experiente que era, lembrou que o eleitorado de Itabuna não gosta de reeleger Prefeito, venceu as eleições e se esqueceu do paradigma ao se candidatar novamente em 2020.sofrendo amarga derrota nas urnas, ficando no humilde terceiro lugar.

E o paradigma continua.

Semana que vem tem continuação da análise.

CONSTRUCAO E FIDELIDADE A GRUPO POLITICO, RAZÃO DE SUCESSO.

A receita para o sucesso constante em política, especialmente a eleitoral, é a fidelidade ao interesse coletivo. Formação de grupo e manutenção do elo entre os membros exige respeito ao contraditório e real valorização dos parceiros. A definição literal de política fala por sí. O egocentrismo não sobrevive por muito tempo em grupos, qualquer que sejam as finalidades. Agir coletivamente é sinônimo de êxito nas empreitadas.
Um líder é formado pensando em todos, um chefe pensando em si próprio.
Temos muitos e muitos exemplos disso na vida pública. Pessoas que por força de circunstâncias foram guiados a condição de líder, mas a conduta exclusivista não permitiu a permanência como tal.

Aqui próximo a Itabuna, no município de Uruçuca, temos demonstração prática do exercício da política coletiva. O líder Moacyr LEITE, Prefeito em fim do quarto mandato, inventou a existência da figura do “…Vice de honra”
ou seja, para sobrevivência política de ex Vice Prefeito, convivência harmoniosa com o Vice no exercício de mandato e valorização pessoal. Lá em Uruçuca, no Girassol, denominação política do grupo liderado por Moacyr Leite, tem dois Vice de honra.

O fruto de pensar no coletivo permite ao líder Moacyr vislumbrar a possibilidade de vitória da pré-candidata a prefeita apoiada por ele, Vereadora Magnólia Barreto, podendo ser guinada ao sucesso pelo empenho e união de todos, sem uma deserção sequer.
Exemplo a ser seguido.

ELEIÇÕES 2024 E O PARADIGMA… II

CONTINUAÇÃO

  • Com a evidente impossibilidade de Fernando Gomes ser reeleito prefeito nas eleições de 2008, tendo apoiado então a candidatura do Capitão Fabio (MDB), surge a candidatura de outro Capitão, o Azevedo. Estratégias políticas e de marketing eleitoral, formação de grupo homogêneo e técnicas de mobilização de massa, levaram Azevedo à incomparável vitória nas urnas com mais de 12 mil votos à frente dos adversários.
  • Logicamente, com tamanha demonstração de ser “bom de urna”, uma administração razoável, levado pela vaidade pessoal, além do mau assessoramento e a não existência do grupo homogêneo de campanha, estraçalhado ao longo da gestão, Azevedo manteve o paradigma da não reeleição de Prefeito de Itabuna ao perder para Vane do Renascer, considerado a “zebra” daquelas eleições de 2012.
  • Oportuno lembrar que no campo das apostas Azevedo era favorito, mas foi surpreendido por cometer mais um erro de cálculos, a perigosa euforia do ”já ganhou”.
  • E o paradigma continua.
  • Próxima semana, continuação da análise.

Itabuna, as Eleições 2024 e o paradigma da reeleição.

Por Josias Miguel

 

Análise pessoal e isenta nos remete às eleições de 1996 até 2020 e projeção para 2024.

O paradigma da reeleição nasceu com Fernando Gomes tentando a reeleição no ano 2000, perdendo para o então inexpressivo Geraldo Simões.

Ancorado no aparato do PT

Geraldo Simões,Prefeito no fim do mandato adquirido em 2000 vencendo Fernando Gomes,candidato a reeleicão em 2004,Geraldo,  por via partidária  apoiado por Jaques Wagner e Presidente Lula, tinha enorme  poder político e caneta do governo municipal. Era propalada sua  inevitável reeleição,mas não foi o que aconteceu. Fui um dos maestros da candidatura de Fernando Gomes, que,diga-se de passagem,vinha de derrota como candidato a deputado estadual, estava sem dinheiro no bolso, sem apoios expressivos no tabuleiro dos poderes estadual e nacional, no entanto venceu a parada que parecia indigesta.Permaneceu o paradigma.

Em 2008, Fernando Gomes amargava rejeição pessoal em altíssimo índice, algo próximo a 70%. Experiente que era,abdicou do direito de ser candidato a reeleição, ou seja,por um motivo ou outro, não seria  reeleito,permanecendo o paradigma.

 

A análise continuará na próxima postagem.

BURACOLANDIA

Qualquer semelhança pode não ser pura coincidência.

Segundo a história existia uma certa cidade cujo nome era pomposo e originava da língua Tupi Guarani. Os Edis do município, maioria politicamente situacionista, com receio de perderem a reeleição, acataram, de pronto, a sugestão de mudança do nome original para a nova denominação de BURACOLANDIA. A Mesa Diretora colocou o Projeto popular em tramitação sob protesto do poder executivo. Durante a leitura das justificativas um Vereador situacionista se indignou ao saber que o novo nome foi sugerido demonstrando a queijolandia que se transformou a localidade. O Secretario da Câmara, cumprindo as formalidades legais, disse: nobre Edil, Vossência não analisou o Projeto? Respondendo, de forma veemente, o Vereador bradou: antes mais nada devo dizer ao colega que meu nome é Edil, não Edilson e também não fui eleito para analisar ou ler projetos e sim para votar a favor ou contra e, aproveito pra dizer que votarei contra. A população organizou manifestações em apoio ao Projeto, bloqueando ruas, batizando buracos nas vias públicas com nome de políticos local, com direito a inauguração animada com música ao vivo, na base de voz e violão por não haver empresário do ramo musical que se dispusesse a ceder algum artista de renome para as badaladas inaugurações, receosos em perder a “boquinha” anual com contratações milionárias. A vaquinha virtual de arrecadação dos recursos também não rendeu bons frutos porque o comércio e indústria local preferiu não arriscar ter fiscais de tributos devassando suas contabilidades. Mas, quando o povo quer ele consegue mudar a ordem das coisas e obtém vitórias inacreditáveis. Conta a história que o gestor convocou reunião de emergência com seu staf de comunicação e marketing na busca de solução midiática do problema, mas descobriu que seu staf não tinha condições técnico profissionais para a emergente demanda. Um blogueiro mais chegado ao gestor logo cuidou de anunciar na cidade a presença de um certo marketeiro famoso, que meramente veio em visita a parentes, como se fosse contratado para a façanha. Foi alegria que durou pouco para os beneficiados do governo, vez que a verdade veio à tona, que o milagreiro não estava disposto a tirar “os burros d’água” que o gestor havia se metido.
A história não finda aqui por ser longa demais, havendo, portanto, mais episódios.

O PODER NÃO CORROMPE, REVELA. (Fabio Herman)

Analisando o que expressou Fabio Herrmann, grande pensador, há de se concluir que ele tinha razão no que disse.

Trazendo para o plano da política eleitoral partidária, é só olharmos ao redor e enxergaremos realmente o quanto está revelado no lado podre do poder. Está mais do que revelado o “modus operandi” da prática de abandono dos princípios morais que devem sempre nortearem a gestão pública.

Popularizando o tema, o que se nota é a prática do que já dizia o poeta cantador, Luiz Gonzaga, na letra da música Uma Pra Mim Outra Pra Tú. É assim: Uma pra mim,uma pra mim, uma pra tu outra pra mim, e por aí vai. Isso é público e notório.

Este momento de pré-campanha eleitoral é extremamente oportuno abrir os olhos dos eleitores, trazer revelações contidas nas práticas absurdas exercidas, noticiadas de canto a canto, e será isso que faremos. Aguardem.

ACONTECENCIAS

Artigo escrito por mim produziu efeito hilário em determinado grupo de WATSAPP, embora que o assunto seja sério. No texto do referido artigo não nominei ninguém, mas alguém pegou a carapuça. Pelo que me consta “ataque pessoal” como dizem que fiz, é quando o nome de pessoa é citado, e não foi o caso. Engraçado é algum ralé no meio dos ricos me atirar pedra. E agora, quem vai pegar essa carapuça?

Ser rico não é crime. Boicotar ações que fomentam os negócios, que por sua vez gera emprego e renda, isso sim deveria ser crime. Existe rico de todo jeito, tem o solidário, humano, “pão duro”, desumano, compreensivo, reacionário, desagregador, e por aí vai. Cada um se enquadra de acordo com sua personalidade, sua formação, sua fonte de riqueza. Tem também rico cuja fonte de riqueza não é tão nobre.

Sou homem de formação moral e religiosa e ética e fui forjado no combate às desigualdades. Não é do meu feitio desrespeitar os semelhantes. Interpretação das palavras que pronuncio ou escrevo fica a critério de cada um, inclusive dos que delas fazem uso para bajulação. Na verdade alguns se aproveitaram do que eu disse para fazer uso político, de forma velada. Tenho posicionamento definido e sempre do lado dos mais fracos. A livre manifestação é importante para o equilíbrio social. Defender os interesses coletivos, idem. Combater o desemprego e a fome também é e reagir aos incautos é tão necessário quanto.

O assunto gerador deste texto foi tratado “interna corporis”, por isso, mais uma vez, não cito nomes, mas poderei fazê-lo se necessário. Tenho dito.

REACIONÁRIOS

Inacreditável, mas a verdade é que em Itabuna tem um grupinho de reacionários, riquinhos acostumados aos favores do poder público, das benfeitorias que lhes beneficiam. Qualquer ameaça ou possibilidade de exigir deles contrapartida à altura do que recebem é o suficiente para promoverem campanha para transferirem a sede das suas empresas para outros municípios causando desemprego e caos social. Antidemocráticos que são, não estão acostumados ao diálogo, ao entendimento, ao respeito, ao contraditório. Na condição de riquinhos, não se preocupam com os menos favorecidos, os que necessitam do emprego para sobreviver. O que lhes importa é que não mexa nos seus bolsos.
No caso em questão, a campanha para transferir as sedes das suas empresas para outros municípios é fruto de mentalidade tacanha. As Leis, as vezes, podem conter equívoco, erros, mas são passíveis de alterações. O Legislativo de Itabuna tem sido atencioso às questões de impacto social, assim como tem sido o Prefeito Augusto Castro. Aliás, Augusto tem trazido para Itabuna obras estruturantes importantíssimas para o desenvolvimento e bem-estar da população como um todo, ricos e pobres.
Os empresários, nem todos obviamente, vivem no luxo, no desfrute dos lucros obtidos com o que vendem ou cobram dos remediados e mesmo dos pobres. Tem empresários em Itabuna com faturamento líquido de milhões e milhões de reais por mês e o que dão em troca ao município? Absolutamente nada, e como se não bastasse, agora propõem presentear a cidade com desemprego. Não sou advogado do Prefeito, mas não sou cego. Está claro aos olhos as obras que ele tem feito em Itabuna. Impostos são as fontes de recursos para serem aplicados em benefício dos munícipes, como temos assistido atualmente.
Diálogo, equilíbrio, boa fé e respeito ao contraditório podem trazer as soluções que se busca e não causar um mal maior ao povo trabalhador.

Itabuna, setembro de 2022.

Josias Miguel

Josias Miguel

FERIADOS POSSIBILITAM REFLEXÕES

Refletir demanda tempo e sossego. Nos afazeres do dia a dia as vezes não conseguimos tempo para pensar.

Neste feriado, ah que coisa boa, pude refletir melhor sobre muitas coisas e dentre elas o que faz com quê os governantes fiquem cegos administrativamente e até politicamente, em alguns casos. Vejamos, por exemplo, o quê ocorre em Itabuna:  A ex-Vereadora Charliane Sousa disse, durante sua participação no Podcast Política com Endereço, que “os inimigos de Augusto estão dentro do seu governo”, complementando alerta ao Prefeito feito pelo apresentador Josias Miguel que se referia a situação calamitosa do ex prefeito Vane do Renascer que terá que devolver mais de dois milhões de reais aos cofres públicos, do próprio bolso, além de multa de 15 mil reais aplicados pelo Tribunal de Contas do Município, resultante do contrato de construção do Shopping Popular.

Que tal situação sirva de exemplo.

No estrabismo da gestão é que passam despercebidos os desmandos de hoje que serão os graves problemas do amanhã. Para quem conhece um pouco de gestão pública fica claro que o ex prefeito Vane não surrupiou aquela importância. O que possivelmente ocorreu foi desleixo, incompetência e interesses escusos praticados por membros do governo na condução do famigerado contrato e aditivos.

O povo não é besta, enxerga tudo e dá resposta no momento certo.

Temos visto Prefeitos tentarem reeleição e não obterem êxitos por culpa dos colaboradores, ocupantes de cargos “de confiança “ que inescrupulosamente se locupletam às custas do dinheiro público.

Tomara que a história não se repita.