O PODER NÃO CORROMPE, REVELA. (Fabio Herman)

Analisando o que expressou Fabio Herrmann, grande pensador, há de se concluir que ele tinha razão no que disse.

Trazendo para o plano da política eleitoral partidária, é só olharmos ao redor e enxergaremos realmente o quanto está revelado no lado podre do poder. Está mais do que revelado o “modus operandi” da prática de abandono dos princípios morais que devem sempre nortearem a gestão pública.

Popularizando o tema, o que se nota é a prática do que já dizia o poeta cantador, Luiz Gonzaga, na letra da música Uma Pra Mim Outra Pra Tú. É assim: Uma pra mim,uma pra mim, uma pra tu outra pra mim, e por aí vai. Isso é público e notório.

Este momento de pré-campanha eleitoral é extremamente oportuno abrir os olhos dos eleitores, trazer revelações contidas nas práticas absurdas exercidas, noticiadas de canto a canto, e será isso que faremos. Aguardem.

CIDADE FANTASMA OU MERA COINCIDÊNCIA?

Contam que certa feita havia uma cidade com mais de duzentos mil habitantes, com seu território municipal quase cem por cento urbano. Emprego e renda, em quase sua totalidade, só eram gerados pelo comércio lojista e prestações de serviços. Vários tipos de pessoas foram eleitos prefeitos do município em seus últimos anos de existência, ex-vereador, militar, semianalfabeto, funcionário público, pecuarista, aventureiro, só não um empresário do segmento gerador de emprego. Não demorou muito e a cidade foi definhando, diminuindo cada vez mais seu comércio, crescimento populacional estagnado, sem novas oportunidades de emprego, portanto sem circulação da moeda e os empresários assistindo passivamente outras cidades próximas crescendo por descobrirem suas vocações naturais. Qualquer semelhança com Itabuna será mera coincidência?

Prefeitura tem CNPJ, logo, é uma empresa, que embora pública, tem que gerar lucro, não para ser dividido com o administrador e seus “associados” (que em alguns casos dividem até o capital e patrimônio), mas sim para investimentos em educação, saúde, mobilidade urbana, infraestrutura, assistência social, dentre outros.

As eleições deste ano não são para prefeito, mas é termômetro de observação dos movimentos políticos na direção das eleições de 2020, quando estes e vereadores serão eleitos.

Das duas uma, ou os interessados no crescimento de Itabuna se unem, estabelecem agenda positiva, montam estratégias políticas e elegem um membro dos seus quadros ou Itabuna deixará de ser apenas coincidente e será ela própria uma cidade fantasma.

Há quem acredite que a solução para Itabuna sair do marasmo é transforma-la em Polo de Turismo de Negócios, sua vocação natural.

Para ilustrar a ideia, conta um humorista que fabricantes de creme dental passaram vários dias em grande congresso buscando fórmulas de aumentar em vinte por cento o consumo do produto até que o garçom que servia o cafezinho pediu para dar um palpite. Permitido, disse: Porque vocês não aumentam um pouco o tamanho do buraco que sai a pasta de dente? Assim foi feito e o consumo superou as expectativas.

A moral da historia é que, às vezes, simples ideias vindo de quem não se espera, trazem grandes soluções.